Vinho: estudos confirmam que ele faz muito bem aos apreciadores

Apesar de no passado algumas pesquisas terem feito ressalvas sobre o vinho, o que trouxe grandes discussões à comunidade científica, parece que, finalmente, os estudiosos do assunto chegaram a uma conclusão definitiva em relação à bebida. E o parecer tem tudo para agradar os admiradores desse produto.

O vinho, um dos alimentos mais antigos consumidos na atualidade, foi usado como remédio na Idade Média e sempre teve muito prestígio junto aos especialistas em alimentação e saúde. Já no início no século XIX, um caso interessante colocou a bebida em posição de destaque entre os componentes de uma vida saudável. Autópsias realizadas em cidadãos franceses revelaram que a maior parte deles não possuía artérias obstruídas pela gordura. Isso deixou os estudiosos intrigados, uma vez que pensavam exatamente o contrário, já que a culinária francesa é pródiga em comidas gordurosas. Mas eles também tomavam muito vinho. A conclusão não demorou a chegar.

Daí em diante, entidades importantes, como a American Dietetic Association, passaram a receitar o vinho, adotando a política de sugestão de “nem muito e nem muito pouco”. Nos Estados Unidos ele passou a fazer parte do cardápio da Universidade Johns Hopkins. Com a continuação das pesquisas, verificaram que o vinho não era benéfico apenas para o coração. Após alguns anos de estudos nos Estados Unidos, Inglaterra, França e Dinamarca, os especialistas concluíram que quem bebe vinho tinto regularmente reduz em 35% o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

A cada momento se descobre no vinho uma nova propriedade positiva para a saúde. O vinho é composto de cerca de 400 substâncias, algumas delas podendo aumentar o bom colesterol, evitar a oxidação das células, reduzir a formação de placas de gordura nas veias, dilatar os vasos e melhorar a circulação.

Alguns cientistas mais exagerados vão até mais longe, mas não garantem a autenticidade de suas pesquisas. Para eles, o vinho pode combater diversos tipos de vírus, bactérias, câncer, doenças degenerativas e males decorrentes do envelhecimento. Isto porque está comprovado que o vinho possui perto de 200 compostos fenólicos, substâncias que agem como antioxidantes e antiinflamatórios, sendo a resveratrol a mais importante delas.

A mesma substância que é produzida naturalmente pela videira para proteger os cachos de uva dos fungos e da umidade. A resveratrol inibe o desenvolvimento de tumores, protege os neurônios, é um forte antioxidante, combate vírus e é um potente antiinflamatório.Encontrado principalmente na casca e nas sementes das uvas, o resveratrol aparece mais nos tintos franceses feitos com uva tannat. Ele quase não existe nos vinhos brancos e nos espumantes.

Finalizando, é sempre importante destacar que não é só porque o vinho faz bem que deve ser consumido demasiadamente, tudo tem sua medida certa, e, para o vinho tinto, uma taça para mulheres e duas taças para homens por dia já é suficiente para se beneficiar de suas propriedades.

Everton Oliveira adaptado por Isadora Martins, consultora nutricional do Dietpro