Salada: o grande dilema das crianças

Mother and daughter (4-5) preparing food in kitchen — Image by © Tomas Rodriguez/Corbis

Uma das principais queixas e dificuldades dos pais é a introdução de verduras, legumes e, até mesmo as frutas na alimentação de seus filhos. A maioria dos baixinhos são resistentes a este grupo de alimentos, seja por preferências pessoais ou por falta de contato precoce com os mesmos. A questão é que este alimentos são as principais fontes de vitaminas e minerais e apresentam funções diversas relacionadas à infância.

Mas, como realizar a oferta deste grupo de alimentos de uma forma em que a resposta da criança seja menos resistente possível? Este é o principal questionamento dos pais, educadores e profissionais de nutrição. O fato é que não existe segredo, e este é o grande problema, pois o processo de educação nutricional infantil é lento, turbulento e demanda disciplina tanto do educador quanto dos pais que são responsáveis por colocar em prática as ações de educação nutricional.

Diante deste cenário segue algumas orientações sobre o processo de educação nutricional dos pequenos.

Durante o primeiro ano de vida, o oferecimento de verduras e legumes não deve ser feito na forma liquidificada, pois é nessa idade que se inicia o processo de percepção e adesão a esses alimentos. Quando liquidificados, os sabores se misturam e a criança não sente o sabor isolado de cada alimento. Por isso, desde o desmame, devem ser oferecido verduras e legumes peneirados, evoluindo para os amassados e em seguida ir ofertando pedaços cada vez maiores.

Para as crianças maiores que não aceitam esses alimentos, deve ser feito um processo de incentivo até que mesma crie gosto pelo sabor dos alimentos. Uma alternativa é oferecer preparações atrativas que tenham verduras e legumes embutidos em sua composição (por exemplo: torta de frango com legumes, macarrão com brócolis, purê de batata com beterraba, suco de frutas com legumes, etc.).

É necessário lembrar que, o primeiro passo para estabelecer a preferência por determinado alimento, é oferecê-lo à criança. Se houver recusa no primeiro contato, deve-se insistir outras vezes, pois as novidades certamente promoveram resistências, “caras-feias”, chantagens e muita pirraça, mas com o decorrer do tempo, a tendência é que sejam mais flexíveis e receptíveis a determinados alimentos. O importante é que se tenha o consumo de pelo menos um tipo de hortaliça (folha ou legume), principalmente nas principais refeições.

Um ponto extremante importante é que os filhos sempre buscam as referências dos pais, e essa regra também vale quando o assunto é alimentação. Portanto, dê o exemplo ao seu filho, evite comentários e comportamentos que vão em confronto com as ações de educação nutricional. Esse pode ser o primeiro e o mais importante passo para o seu filho adquirir hábitos de vida e alimentação saudáveis.

Em breve, este importante assunto será um dos temas trabalhados em um dos nossos cursos online:

Educação Nutricional na Infância e Adolescência.
Adriana Lopes Peixoto – Consultora Nutricional da A.S.Sistemas
Marceli Almeida Mendonça – Estagiária de Nutrição da A.S.Sistemas
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